Madison Hotel

Uma história famosa ligada àquela do bairro de Saint-Germain-des-Prés

Tudo começou assim...

Adquirido em 1985 pela família Hurand, o destino deste hotel, construído em 1925 no lugar de uma pequena cabana de madeira, que abrigava o cabaré de Charpini, famoso artista da época, está intimamente ligado à famosa história do bairro de Saint-Germain-des- Prés, ponto alto da vida intelectual e cultural de Paris.

Originalmente contanto com 70 pequenos quartos, este hotel recebeu hóspedes tão famosos quanto Albert Camus ou André Malraux, Jean Giono, Édith Piaf, Jean Mermoz ou ainda Boris Pasternak, autor do romance “Doutor Jivago”.

Nos anos de 1920, Saint-Germain-des-Prés fervia com a agitação do movimento Surrealista: Breton, Aragon, Derain, a quem juntaram-se Éluard, Giraudoux ou Marx Ernst, estabeleceram o Deux Magots como seu quartel-general.

Um ponto de referência de artistas, escritores e intelectuais

O mundo inteiro tinha os olhos voltados para este vibrante bairro de Saint-Germain-des-Prés, que se tornara o “coração intelectual” de Paris neste período pré-guerra: Gide, Malraux - que se hospedara no Madison Hôtel durante o inverno de 1937, Éluard, Picasso, Françoise Giroud, Saint-Exupéry, Mauriac, Paul Morand... foram alguns dos frequentadores ilustres que fundaram os famosos cafés literários. Na primavera de 1940, Albert Camus se hospedou no quarto 65 do hotel para finalizar a escrita de seu romance “O Estrangeiro”, publicado em 1942, pela Gallimard.

Quanta vida neste bairro!

Sob a ocupação nazista, a vida pareceu hibernar enquanto uma intensa atividade clandestina se organizava. Quanto ao hotel, ele foi requisitado pelo Exército alemão e depois ocupado pela Marinha Nacional após uma breve passagem dos F.T.P, organização de Resistência Armada. Como o Le Lutétia, o hotel acolheria os deportados em seu retorno a Paris.

Após a Guerra, o bairro de Saint-Germain-des-Prés voltou à vida e este  fértil ponto de encontro para artistas e letrados retomou seu ritmo. O Existencialismo de Sartre, que todas as manhãs, às 10:00, se instalava no Deux Magots com Simone de Beauvoir para escrever, coexistia com o jazz americano que divulgava, nas caves de Saint-Germain um novo fôlego com sabor do esquecimento e de Liberação...

Um novo fôlego

Quando a família Hurand comprou o hotel nos anos de 1980, ele estava em mau estado de conservação e precisando de grandes restaurações. Os quartos foram redistribuídos e o Madison passou de 70 para 52 quartos. Totalmente remodelado há algum tempo pelo arquiteto e designer Denis Doisteau, o Madison Hôtel começou um novo capítulo de sua história. 

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